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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

IDHM: algumas considerações



O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) foi recentemente divulgado através do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, documento elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro. A partir da divulgação destes dados muito se tem escrito a respeito, análises têm sido feitas, algumas pertinentes, outras carecendo de um mínimo de lucidez e inteligência.

O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos realizados pelo IBGE nos anos de 1991, 2000 e 2010. Isto significa dizer que o IDHM é divulgado apenas a cada 10 anos!

O IDHM varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano, e leva em consideração três dimensões do desenvolvimento humano para sua composição:
1.       a oportunidade de viver uma vida longa e saudável (longevidade),
2.       a oportunidade de ter acesso a conhecimento (educação) e
3.       a oportunidade de ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas (renda).

Olhando o Brasil como um todo, nas últimas duas décadas, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) aumentou 47,5%, passando de 0,493, em 1991, - considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013. Isto porque, em 1991, o Brasil tinha 85,5% das suas cidades com IDHM considerado muito baixo. Já de acordo com os dados de 2010, o Brasil conta com 74% de cidades com índices considerados médios ou altos (ÍNDICE MUITO BAIXO: índices entre 0 e 0,49; BAIXO: entre 0,5 e 0,59; MÉDIO: entre 0,6 e 0,69; ALTO: entre 0,7 e 0,79; MUITO ALTO: entre 0,8 e 1,0).

Isto significa dizer que, apesar de termos ainda um longo caminho a percorrer para tornarmos nosso país mais justo e igualitário, temos avançado, ou seja, as perspectivas são positivas. A desigualdade social tem sido reduzida, como prova o crescimento da renda per capita da brasileiro em 14,2% nas duas últimas décadas.

E COMO FICA ANTÔNIO CARLOS NESTA AVALIAÇÃO?

Como já foi afirmado, o IDHM avalia os municípios no intervalo de uma década.  Logo, os dados divulgados em 2013 foram produzidos a partir das informações do Censo do IBGE de 2010. Não cabe, portanto, como alguns acéfalos de plantão estão tentando fazer, responsabilizar as atuais administrações municipais pela queda ou pelo crescimento dos índices do IDHM (a não ser que a atual administração esteja governando uma cidade pelas últimas décadas!).

Índices de Antônio Carlos entre 1991-2010
ANO
IDHM
IDHM Renda
IDHM Longevidade
IDHM Educação
1991
0,731
0,628
0,793
0,773
2000
0,827
0,720
0,882
0,879
2010
0,749
0,768
0,890
0,615

Se tomarmos os dados da tabela acima como referência, veremos que o IDHM de Antônio Carlos teve uma forte ascensão em 2000 (0,827 – IDHM muito alto), seguido por uma significativa queda em 2010 (0,749 – IDHM alto). Movimento semelhante teve um dos indicadores utilizados para compor o IDHM: a educação. O IDHM Educação variou de 0,773 em 1991 para 0,879 em 2000 e teve uma forte queda em 2010, chegando ao índice de 0,615. Já o IDHM Renda e o IDHM Longevidade vêm apresentando sucessivo e constante crescimento nas duas últimas décadas.

Deste modo, apesar da queda, o IDHM de 0,749 ainda coloca Antônio Carlos entre os municípios brasileiros de alto IDHM. Portanto, todos nós temos a responsabilidade de manter nossa cidade com este elevado índice de IDHM e, na medida do possível, trabalharmos para avançar sempre mais.

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